Essa foi uma palestra para mentorados e meus alunos feita pela Beatriz Gualandi, psicologa e especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental.

Nessa palestra a Beatriz falou sobre nossa relação pessoal com o trabalho e principalmente, nossa tendência a ter um nível alto de autocriticismo e como podemos trabalhar os nossos valores para rebalancearmos as prioridades da nossa vida.

Vídeo da aula

Minhas Anotações

A visão que temos sobre trabalho, que temos hoje, mesmo sobre satisfação pessoal, que faça sentido pra mim, que eu gosto de fazer, é uma noção muito nova e moderna.

Duas ou três gerações atrás, não muito tempo antes da nossa, isso não era presente. Difícil se lembrar dos nossos avós ou bisavós falando que deveríamos fazer algo que gostamos... que nos identificássemos.

Geralmente a lembrança é de vermos os nossos pais ou avós entrando no ônibus e indo trabalhar.

O contexto é muito carregado com uma visão de escravidão, obrigação, até castigo.
Desde a visão da igreja, onde um dos "castigos" de Deus para os humanos após pecarem é a dependência do trabalho para conseguir o seu sustento.

Para nossos avós, bisavós e até nossos pais, não era incomum ouvirmos eles falando: "Fulano conseguiu um trabalho com carteira assinada"... Isso era ótimo para eles, por que era uma das prioridades de ter mais benefícios e de certa forma uma relação melhor com o trabalho.

Agora, na nossa vida moderna, conseguimos ter o luxo de pensar o que queremos fazer. O que gostaríamos de estudar. É um mundo de possibilidades... mas, isso vem com um preço, que é ter uma carga de angústia existencial, onde somos condenados a escolher... Onde estamos fazendo escolhas até mesmo quando cruzamos os braços.

Essa visão moderna de ter muitas opções e abundância de qualidade, traz uma visão de que nós podemos fazer muito mais, muito além... nos colocando num lugar onde sempre esperamos o ideal e o perfeito...

E a partir dessa sensação de ir além, de não querer ser mais um na multidão, vem a autocritica e a autocobrança.

Essa é uma espécie de estratégia para se aprimorar.
A minha visão é de que se eu for duro e rígido comigo mesmo, eu vou evoluir... eu vou me aprimorar e evoluir.
Na verdade, o que ciência vem mostrando para mim, é o contrário.

Um exercício rápido: pare para pensar uma coisa que você se critica a muito tempo na sua vida.

  • Não ir a academia
  • Não finalizar um projeto XYZ
  • Não conseguir finalizar um curso
  • Não ter ido trabalhar fora
  • Não ter tentado empreender antes
  • Ter ou não ter tido filho

Perceba mesmo autocriticando, você pode não ter avançado nesse assunto que gera sua autocritica. Então, se auto-criticar não vale a pena.

Existe uma correlação muito grande entre auto nível de ansiedade e depressão com nível alto de autocriticismo.

Por que nós assumimos o papel do professor carrasco na nossa vida?

Cérebro no estado de alerta é incapaz de aprender.

OLHA A REAÇÃO DESSA CRIANÇA COM OS GRITOS DA MULHER - YouTube

Temos que diminuir o nosso criticismo, que mantém nosso cérebro no estado de alerta, numa ilusão de que estamos nos desenvolvendo melhor, porque não é isso que a ciência mostra.

Estudo de Harlow sobre dependência em macacos LEGENDADO - YouTube

Um ambiente mais compassivo, é mais seguro onde nos permite desenvolver...

Crença de incapacidade
Crença de adequação no meio
Crença de compensação

Entender um processo de clarificação de valores, para entender e reposicionar seus princípios e valores pessoais.

Algo prazeroso pode se tornar algo esgotante.
Se você ama o que você faz, corremos o risco de achar que estamos indo tudo bem e que queremos sempre fazer mais, por que queremos performar, mas porque nós amamos o que fazemos.
Mas isso pode nos trazer para um cenário detrator para nossa vida fisica, mensal e relacional.
É uma linha tênue.

mesmo que gostemos do nosso trabalho, nós precisamos entender que isso é só trabalho.

Produtividade:

  • Não se restringe ao trabalho remunerado.
  • Não é só fazer mais, é fazer com o mínimo esforço possível.
  • É a soma de repetidos esforços e da constância ao longo da vida;
  • Coisas cotidianas também fazem parte da sua produtividade pessoal;
  • A saúde dos seus relacionamentos pessoais faz parte da sua produtividade;
  • Não fazer nada, muitas vezes é mais produtivo do que fazer alguma coisa;
  • Não tem a ver apenas com volume de entrega, mas qualidade importa;
  • Tem a ver com constância e disciplina;

Produtividade não deve ser romantizada;

Não precisamos fazer esforços desesperados para entregar ou procurar ser produtivo. É importante nos contentar com pequenos repetidos esforços, para manter a produtividade por mais tempo.

Não é o quanto atingimos em um dia, mas o quanto conseguimos atingir ao longo do tempo.

Pra cada pessoa, o nível de valorização é diferente.
Viver uma vida valorizada, para cada pessoa, é diferente.

Os valores são a nossa bússola, que deve nos levar para mais perto da pessoa que eu quero ser e da vida que eu quero ter.

E mesmo que acertemos esse valor, não iremos atingir por 100%... por que o valor é por definição intangível, que deve ser perseguido.

É perigoso quando confundimos valores com objetivos.
Um valor contém múltiplos objetivos. Cada objetivo nos deixa mais próximo do alcance do valor que perseguimos.

A clarificação e identificação desses valores que vai aos poucos nos levando para a vida que valorizamos para mim como individuo.

Pra que eu possa viver uma vida valorizada, preciso ajustar o caminho o tempo inteiro.

Voltar nesse exercício de tempos em tempos para entender se você está progredindo ou redirecionando seus caminhos.

Diferença entre decisão e escolha.

Decisão é mais racional, você tem dados, evidencias, para decidir fazer ou não fazer algo.

Escolher é mais orgânico, natural... embora tenhamos evidencias ou dados embasando determinado cenário, nós escolhemos seguir/não seguir.

Decisão e escolha são termos frequentemente usados de forma intercambiável, mas há uma diferença sutil entre eles.

Uma escolha é o ato de selecionar uma opção dentre várias disponíveis. Por exemplo, escolher entre duas marcas de refrigerante na loja. A escolha envolve uma avaliação das opções disponíveis e a seleção daquela que melhor atende às suas necessidades ou preferências.

Já uma decisão é um processo mais abrangente, que inclui a escolha, mas também envolve a análise e avaliação de informações relevantes, consideração de possíveis consequências e a tomada de uma ação ou curso de ação. Por exemplo, decidir se deve ou não investir em um negócio envolve a avaliação de dados financeiros, análise de riscos e consideração de possíveis consequências antes de tomar uma decisão.

Assim, a escolha é um aspecto fundamental da tomada de decisão, mas a decisão é um processo mais amplo que inclui a escolha, bem como outros fatores importantes.

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