Manoel Pimentel é uma figura muito conhecida na comunidade ágil brasileira e ele foi o Keynote do primeiro dia do Agile Brazil 2017, falando sobre como não aplicarmos o Ágil nas nossas empresas de forma decorativa, onde nós estamos sempre nos focando no que não é essencial, perdendo o que realmente importa na aplicação do Ágil no dia a dia.
Abaixo seguem algumas das anotações que fiz na palestra:
- gestao e lideranca de projetos de software é a mesma coisa que gestão de projeto de obra. Ambos fazem cálculos absurdos para tentar prever o que vem pela frente.
- Qual a essência do que é agile? Essa essência está ligada a trabalhar da maneira mais simples, entregando coisas de valor, criando resultados e benefícios para o negócio, aprendendo e melhorando o processo
- Como tornar o ágil mais interoperáveis e palátavel em grandes empresas?
- Quando você estende muito o conceito do ágil, principalmente em grandes empresas, você corre o risco de aplicar o Ágil de forma decorativa na empresa.
- Um sintoma é fazer reuniões de área. Onde isso se transforma em um status report das tarefas do time.
- Outro erro é tentar entregar um escopo grande e fixo através de iterações/sprints
- O problema está até em modelos comerciais e orçamentário que são baseados em projetos de longo prazo para entregar escopo fixo.
- Colocar demasiada atenção em ferramentas no começo.
- A ferramenta dá muito certo quando o Ágil é aplicado numa cultura estabilizada. Se usar a ferramenta deste o começo da implementação da cultura ágil, corremos o risco da ferramenta não funcionar
- Não crie relatórios gerenciais para tentar definir formas de fazer relatórios gerenciais para tornar o ágil mais visível
- Frameworks de Escala tentam absorver a estrutura/cultura atual da empresa em vez de mudar 100% da cultura.
- Outro erro é certificar todo mundo na organização como Scrum Master como um dos primeiros da transformação ágil. Você nem sabe se o Scrum é a melhor prática para sua empresa
- Outras empresas que fazem milhares de treinamentos internos afim de catequizar o ágil para os membros da empresa.
- Comportamento waterfall nos times multidisciplinares. Não adianta colocar todo mundo para trabalhar juntos, se os times ainda continuam se aglutinando por especialidades.
- Não contrate um Agile Coach, muito melhor contratar um Agile Mentor ou um Agile Manager. Esses personagens são melhores para espalhar a cultura ágil e não treinar guela abaixo o Ágil
- O Agile Coach precisa tentar gerar menos dependência da empresa de uma pessoa que é o mestre do Ágil
- Nunca tente colocar o modelo do Spotify na sua empresa. É furada bino. Ele é um modelo que funcionou (durante um tempo) no Spotify, mas não quer dizer que vai funcionar na sua empresa;
- O próprio pessoal do Spotify diz que não tem modelo definido, porque uma das essências do Ágil é transformar sua metodologia organicamente de acordo com a cultura da empresa.
- Não tente usar estatística para prever grandes lotes de entregas.
- Em geral, a comunidade Ágil está se esquecendo do modelo Kiss: Keep It Simple, Stupid.
- Somos bons em não focar no essencial. Criamos indústrias inteiras para manter as coisas não essenciais.
- Criamos até mesmo comunidades e eventos para manter as coisas não essenciais.
- Quando o gile era uma coisa de guerrilha, nós não precisávamos de cursos e treinamentos para aplicar o Ágil, exatamente porque aplicávamos o simples e o essencial.
- Pesquisar: Transformation Canvas
- Growth Mindset contra Fixed Mindset. Tenha um Growth Mindset, criando uma cultura que sempre busca o melhor
- Em grandes empresas não existem mudanças, ou elas demoram para mudar. Geralmente nessa empresas o que existe é o Swap, ou a troca.
- SCARF: Status Certainty Autonomy Relatedness Fairness
- MVI - Minimum Viable Improvement
- Por que mudar, O que irei ganhar? O que terei que abrir mão? Essa perguntas são importantes ao aplicar Ágil em grandes empresas.
- Value = Why? / How?